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Vika ...

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Arquiteta, Artesã e Artista plástica. Amo tudo o que é ligado a arte, seja de viver, ver ou sentir. Descendente de russos, a sensibilidade é minha marca registrada. Ser Feliz é o que importa. Meu pensamento predileto é: "Confie... As coisas acontecem na hora certa. Exatamente quando devem acontecer! Momentos felizes, louve a Deus. Momentos difíceis, busque a Deus. Momentos silenciosos, adore a Deus. Momentos dolorosos, confie em Deus. Cada momento, agradeça a Deus." Autor desconhecido.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Bilibin







A maioria de nós tem uma visão provinciana da História da Arte e Ilustração.
Vemos de maneira bastante circunscrita o conjunto de estilos e movimentos que podem ser rastreados linearmente desde os pintores pré-Rafaelitas, através dos românticos e dos orientalistas, com alguns desvios por Viena e Berlim, voltando rapidamente com os ilustradores ingleses e franceses.
Os impressionistas, simbolistas, e os Arts Nouveau e Deco são o lado interessante da viagem que adicionaram algum cenário para a jornada, mas o mundo da ilustração foi e é muito mais amplo e mais variado do que temos visto.



Ivan Bilibin(1876-1942) foi um artista russo, nascido em São Petersburgo, um pouco isolado das associações com a arte russa tradicional.
Na criatividade de Bilibin refletem-se duas linhas aparentemente não relacionados: os eventos da cultura artística nacional do final do século XIX-XX pelo fascínio com o passado nacional e o fato da ilustração de livros ter se tornado uma forma de arte específica.
O interesse na antiga arte russa havia sido despertado nos anos 20 - 30 do século XIX. Nas décadas subsequentes, foram organizadas expedições para estudar os monumentos da arquitetura anteriores ao Czar Pedro "O grande",sendo publicados álbuns com roupas antigas, enfeites, etc. Mas, infelizmente a maioria dos estudiosos que participavam destas expedições, tinham um olhar apenas arqueológico e etnográfico para a arte antiga. Um entendimento superficial de seu valor estético caracteriza-se pelo estilo pseudo-russo, amplamente difundido através da Arquitetura e na arte aplicada da segunda metade do século XIX.
Vasnetsov e outros artistas do círculo de Mamontov, através de pesquisas nacionais, chegaram de maneira própria à maior originalidade criativa.
À esses artistas devem ser dirigidas as palavras de Bilibin: "Apenas muito recentemente, através da América, foi descoberta a arte antiga da Rússia, vandalizada, aleijada, coberta de poeira e mofo. Mas sob a poeira, ela era linda, tão linda, que é compreensível a primeira exclamação dos descobridores ao vê-la : devolver ! devolver! "











Focalizando as antigas tradições e a arte popular, Bilibin desenvolveu um sistema coerente de técnicas ilustrativas, que é a base de toda a sua obra. Este estilo de ilustração, bem como a originalidade inerente a Bilibin e a interpretação de imagens do conto épico , tornou possível falar sobre o estilo especial de Bilibin.

Bilibin participou das expedições pelo interior da Rússia e suas aquarelas desta viagem foram vistas e admiradas pelo Departamento "para a produção de documentos de Estado" e assim ele foi contratado para ilustrar uma série de livros de contos de fadas.





Estes livros, incluindo "The Tale of Ivan the Tsar's Son", O Pássaro de Fogo e o Lobo Cinzento, "The Frog Princess", Maria Morevna, O patinho feio, e a Bela Vassilisa, impulsionaram Bilibin à uma carreira de ilustração, cenografia e figurino, e da pintura mural.











A abordagem Bilibin destes contos foi guiada por um forte sentido de lugar. As florestas e as montanhas da antiga Rússia foram os trunfos predominantes nas suas imagens. Sua representação contínua da terra e costumes fez o seu trabalho reconhecível e atraente. E, mais importante, a sua capacidade de trazer uma sensação de realidade para um mundo de fantasmas e caveiras brilhantes reforçou a noção de que essas histórias poderiam realmente ter acontecido.









Ele nunca fugiu de seu estilo inicial. Sempre considerou a mistura de fantasia, folclore e autenticidade histórica e geográfica como base de sua arte e raramente se aventurou muito longe disso.
Deixou a Rússia em 1920, indo para o Egito, onde montou um estúdio e viveu até 1925.
Se mudou para Paris para a abertura da Exposição Mundial, ajudou em uma exposição de artistas russos em 1927. Foi considerado até então, um procurado cenógrafo e assim ajudou balés e óperas em Paris, que tinha sua própria "Temporada de Ópera Russa". Finalmente, em 1931, ele retomou a ilustração de contos de fadas Orientais e Russos para um editora parisiense.
Voltou à Rússia em 1936, onde morreu em fevereiro de 1942. Ele estava em Leningrado, durante o bloqueio alemão.
Deixou vários projetos inacabados, muitos dos quais podem ser parcialmente vistos no Sergei Golynets "Ivan Bilibin" co-publicado pela Aurora e Abrams, em 1982.
Um dos projetos foram as ilustrações para o conto da Capital de Kiev e do Bogatyrs russos em que estava trabalhando durante os últimos anos de sua vida.
Hoje ele é um artista com um crescente número de seguidores.

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