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Vika ...

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Arquiteta, Artesã e Artista plástica. Amo tudo o que é ligado a arte, seja de viver, ver ou sentir. Descendente de russos, a sensibilidade é minha marca registrada. Ser Feliz é o que importa. Meu pensamento predileto é: "Confie... As coisas acontecem na hora certa. Exatamente quando devem acontecer! Momentos felizes, louve a Deus. Momentos difíceis, busque a Deus. Momentos silenciosos, adore a Deus. Momentos dolorosos, confie em Deus. Cada momento, agradeça a Deus." Autor desconhecido.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Escher um gênio à frente de seu tempo

Um Gênio muito a frente de seu tempo, com uma visão tridimensional fantástica, que se vivesse em nossa época com acesso a tecnologia que temos a nossa disposição, criaria formas mais fantásticas e maravilhosas ainda. Sua obra interage com o espectador...vale a pena conhecer....

M.C.Escher
(1898-1970)


 



















Mauritus Cornelis Escher, nasceu em Leeuwarden na Holanda em 1898,  faleceu em 1970  e dedicou toda a sua vida às artes gráficas. Na sua juventude não foi um aluno brilhante, nem sequer manifestava grande interesse pelos estudos, mas os seus pais conseguiram convencê-lo a ingressar na Escola de Belas Artes de Haarlem para estudar arquitetura. Foi lá que conheceu o seu mestre, um professor de Artes Gráficas judeu de origem portuguesa, chamado Jesserum de Mesquita. 
 Com o professor Mesquita, Escher aprendeu muito, conheceu as técnicas de desenho e deixou-se fascinar pela arte da gravura. Este fascínio foi tão forte que levou Mauritus a abandonar a Arquitetura e a seguir as Artes Gráficas. Quando terminou os seus estudos, Escher decide viajar, conhecer o mundo! Passou por Espanha, Itália e fixou-se em Roma, onde se dedicou ao trabalho Gráfico. Mais tarde, por razões políticas muda-se para a Suíça, posteriormente para a Bélgica e em 1941 regressa ao seu país natal. 

Estas passagens por diferentes sítios, por diferentes culturas, inspiraram a mente de Escher, nomeadamente a passagem por Alhambra, em Granada, onde conheceu os azulejos mouros. Este contato com a arte árabe está na base do interesse e da paixão de Escher pela divisão regular do plano em figuras geométricas que se transfiguram, se repetem e reflectem, pelas pavimentações. Porém, no preenchimento de superfícies, Escher substituía as figuras abstrato-geométricas, usadas pelos árabes, por figuras concretas, perceptíveis e existentes na natureza, como pássaros, peixes, pessoas, répteis, etc. 







"Polyhedra with Flowers "

Esta é talvez uma das peças mais bonitas de Escher, esculpida em madeira de ácer. Tem cerca de 13 cm de altura e consiste em cinco tetraedros que se entrelaçam uns nos outros. 

Fascinado pelos paradoxos visuais, Escher chegou à criação de mundos impossíveis. Nesses trabalhos, o artista joga com as leis da perspectiva para produzir surpreendentes efeitos de ilusão de óptica. Nos seus desenhos somos levados a novos universos, a sítios verdadeiramente misteriosos! Para Escher a realidade pouco interessa, antes pelo contrário, prefere criar mundos impossíveis que apenas pareçam reais. Eis porque se tornou uma espécie de mágico das artes gráficas. 
Escher suscitou a atenção por parte de muitos matemáticos (por exemplo de Moëbius - inventor da banda existente na nossa página de abertura - que não se cansava de o convidar para palestras), cientistas e cristalógrafos. O mais curioso é que Escher não tinha uma formação específica nestas áreas, mas elas aparecem nas suas criações!  Cada vez mais assediado pelos matemáticos, Escher acabou muitas vezes por se inspirar em suas novas descobertas. Por exemplo, "Waterfall" foi baseada na figura do tribar, uma construção geometricamente impossível, criada pelo matemático Penrose.  
 
Litografia de 1961
"Waterfall"


A água de uma cascata põe em movimento a roda de um moinho e corre depois para baixo, numa calha inclinada entre duas torres, em ziguezague, até ao ponto em que a queda de água de novo começa. Ambas as torres são da mesma altura, mas a da direita está, contudo, um andar mais baixo do que a da esquerda.



Desde o início que um dos seus fascínios era a representação tridimensional dos objetos na inevitável bidimensionalidade do papel. Escher, explorou em profundidade as leis da perspectiva e desafiou essas leis nas representações bidimensionais e tridimensionais, provocando o conflito das representações. 
Litografia de 1948

"Drawing Hands" 

Uma folha de papel está presa a uma prancheta. A mão direita desenha a manga de uma camisa. Ela ainda não tem o trabalho concluído, mas um pouco mais à direita, uma mão esquerda que sai de dentro da manga, está já desenhada tão pormenorizadamente, que se levanta da superfície e, por sua vez, como se fosse uma parte viva do corpo, desenha a manga de onde sai a mão direita.